A taxa de desemprego no Brasil registrou uma queda significativa no trimestre encerrado em novembro de 2024, atingindo 6,1%. Esse é o menor nível da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE, iniciada em 2012. A taxa de desocupação no Brasil caiu 0,5 ponto percentual em comparação ao trimestre anterior e 1,4 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado, mostrando um cenário de recuperação contínua do mercado de trabalho.
Índices de Desemprego e Desocupação em Números:
- Taxa de desemprego: 6,1% no trimestre encerrado em novembro de 2024.
- População desocupada: 6,8 milhões de pessoas desocupadas, representando uma queda de 7,0% em relação ao trimestre anterior (-510.000 pessoas) e 17,5% quando comparado ao mesmo período de 2023 (-1,4 milhão de pessoas) .
- Taxa de desocupação comparada:
- Trimestre encerrado em novembro de 2024: 6,1%
- Trimestre de junho a agosto de 2024: 6,6% (redução de 0,5 pp)
- Trimestre encerrado em novembro de 2023: 7,5% (redução de 1,4 pp)
População Ocupada: Registro Histórico de 103,9 Milhões de Pessoas Empregadas
Em termos de pessoas ocupadas, o Brasil atingiu um recorde histórico de 103,9 milhões de pessoas no mercado de trabalho. Este número representa um aumento de 1,4% (mais 1,4 milhão de pessoas) em comparação ao trimestre anterior e um crescimento de 3,4% (mais 3,4 milhões de pessoas) em relação ao mesmo período de 2023. O número de pessoas empregadas, portanto, continua a crescer, refletindo um aumento na criação de postos de trabalho no Brasil.
Nível de Ocupação: Maior Percentual da História
O nível de ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalho, também atingiu um recorde histórico de 58,8%. Este índice cresceu 0,7 ponto percentual no trimestre (comparado com 58,1% no trimestre anterior) e 1,4 ponto percentual no ano (comparado com 57,4% em novembro de 2023). O aumento no nível de ocupação é um indicativo de que mais pessoas estão conseguindo se inserir no mercado de trabalho formal.
Subutilização do Trabalho: Menor Nível Desde 2014
A taxa de subutilização, que abrange pessoas desempregadas, aquelas que trabalham menos do que poderiam e as que não buscam mais emprego por desânimo, caiu para 15,2%. Este é o menor nível registrado desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014, quando a subutilização foi de 14,9%. O número de pessoas subutilizadas caiu para 17,8 milhões, o menor patamar desde o trimestre encerrado em maio de 2015.
População Subutilizada: Redução Significativa
- População subutilizada: 17,8 milhões de pessoas, uma queda de 3,9% no trimestre (menos 725.000 pessoas) e 11,0% no ano (menos 2,2 milhões de pessoas).
- Taxa de subutilização: 15,2%, o menor nível desde 2014.
- População subutilizada, em números absolutos:
- Trimestre encerrado em novembro de 2024: 17,8 milhões
- Trimestre anterior (agosto 2024): 18,5 milhões
População Desalentada: Maior Queda em 8 Anos
O número de pessoas desalentadas, ou seja, aquelas que desistiram de procurar trabalho por acreditarem que não há mais oportunidades, caiu para 2,7 milhões, representando uma redução de 10,3% (menos 349.000 pessoas) no comparativo anual. Este é o menor número de desalentados desde abril de 2016. Embora o percentual de desalentados tenha se mantido estável no trimestre, essa queda reflete uma melhoria na confiança do trabalhador no mercado de trabalho.
Análise das Tendências de Emprego e Mercado de Trabalho
A redução nas taxas de desemprego e subutilização, aliada ao registro de pessoas ocupadas, sugere que o mercado de trabalho brasileiro está passando por uma recuperação sólida após os impactos econômicos dos últimos anos. Essa tendência positiva se reflete não apenas no aumento das vagas formais, mas também na recuperação da confiança do trabalhador, evidenciada pela diminuição dos dessalinizados e subutilizados.
O Que Esperar Para 2024?
Com a manutenção dessa trajetória de crescimento no número de ocupados e a contínua queda nas taxas de desemprego e subutilização, as perspectivas para 2024 são otimistas. O mercado de trabalho brasileiro deve continuar a se expandir, embora desafios como a informalidade e as diferenças regionais ainda representem obstáculos a serem superados. O desempenho do mercado de trabalho estará, em grande parte, ligado à evolução da economia nacional, políticas públicas voltadas para a geração de empregos e estímulo à formalização do trabalho.
Resumo dos Principais Indicadores:
- Taxa de desemprego: 6,1% — Menor desde o início da série histórica (2012).
- População acelerada: 103,9 milhões — Recorde histórico.
- Nível de ocupação: 58,8% — Maior da história.
- Taxa de subutilização: 15,2% — Menor desde 2014.
- População desalentada: 2,7 milhões — Menor desde 2016.