Pai de homem jogado de ponte por PM em SP cobra explicações: “Inadmissível”

Dois Casos de Abuso de Autoridade Pela Polícia Militar em São Paulo: Violência Desmedida e Repercussões em Toda a Sociedade

Na madrugada do dia 3 de dezembro de 2024, São Paulo foi palco de dois casos extremamente graves de violência policial. As imagens de um policial militar jogando um homem do alto de uma ponte e a morte de outro homem durante abordagem policial chocaram a população e levantaram questionamentos sobre os procedimentos da Polícia Militar (PM) e sua atuação nas ruas. Autoridades estaduais e locais já se manifestaram sobre a seriedade dos casos e prometeram investigações rigorosas.

Caso 1: PM Joga Homem de Moto de uma Ponte em São Paulo – Um Ato Brutal de Abuso de Autoridade

O incidente ocorrido na madrugada de 3 de dezembro: Um vídeo chocante registrado por uma testemunha mostrou o momento em que um policial militar empurra um homem do alto de uma ponte, em São Paulo. O homem, identificado como Marcelo, de 25 anos, estava em fuga após se envolver em um acidente de moto durante uma abordagem policial. Ele perdeu o controle da motocicleta ao tentar escapar, o que levou à abordagem de policiais.

Detalhes do Incidente:

• Local: Zona sul de São Paulo, na ponte que cruza o córrego da Água Rasa, altura de aproximadamente 3 metros.
• O que aconteceu: Após a queda, Marcelo ficou gravemente ferido no rosto, mas foi socorrido por moradores de rua e levado a um hospital, onde recebeu atendimento médico e está se recuperando em casa.
• A atitude do policial: Um dos policiais, identificado como Vinícius Lima Britto, foi filmado puxando as pernas de Marcelo e lançando-o da ponte. O comportamento dos policiais foi classificado como um abuso de autoridade.

Reação da Comunidade:

• Testemunhas no local: A testemunha que registrou o vídeo declarou ter visto a abordagem e relatou que os policiais estavam tentando dispersar um baile funk na área, quando o jovem foi abordado, caiu com a moto e foi brutalmente jogado da ponte.
• Impacto nas redes sociais: O vídeo rapidamente viralizou, gerando protestos em São Paulo e em outras partes do Brasil, onde a população se mostrou indignada com a atitude dos policiais.

Caso 2: PM Atira em Homem Por Furto de Sabão – Violência Excessiva e Morte Desnecessária

O segundo caso de violência policial: Apenas um dia antes, outro incidente grave ocorreu em São Paulo. Um policial militar disparou 11 tiros contra Gabriel Renan Soares, um homem de 26 anos que havia furtado pacotes de sabão em um supermercado. Gabriel, que não tinha histórico criminal, foi morto após uma tentativa de fuga.

Detalhes do Caso:

• O ocorrido: Gabriel pegou quatro pacotes de sabão e tentou fugir da abordagem policial. Durante a fuga, ele escorregou, mas foi visto pelo policial Vinícius Lima Britto. O policial alegou legítima defesa, mas os disparos ocorreram mesmo com a vítima já dominada.
• Consequências: Gabriel morreu na calçada, e a ação foi registrada no boletim de ocorrência. O policial foi afastado das atividades operacionais enquanto o caso é investigado.

Reações das Autoridades e Responsáveis Pelo Incidente

Governador Tarcísio de Freitas se pronuncia:

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, emitiu um comunicado em suas redes sociais, dizendo que os dois casos são inadmissíveis e que a Polícia Militar de São Paulo, apesar de ser uma instituição respeitada, não pode tolerar ações que desrespeitam os direitos humanos e a ética policial. Ele afirmou que os responsáveis serão punidos rigorosamente.

“O policial está na rua para proteger as pessoas, e quem atira pelas costas ou age de forma desmedida não está à altura de usar essa farda”, afirmou o governador.

Reações de outros líderes:

• Secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite: “Esses atos não têm respaldo nas normas da corporação. A Polícia Militar de São Paulo tem mais de 200 anos de história, e ações como essas não podem denegrir sua imagem.”
• Procurador-Geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa: Classificou os atos como “inaceitáveis” e anunciou que buscará uma punição exemplar para os envolvidos. “O suspeito já estava dominado, e a atitude dos policiais é completamente desproporcional”, declarou.
• Ouvidoria das Polícias de São Paulo, Cláudio Silva: Afirmou que os policiais envolvidos acreditavam que não seriam punidos, demonstrando uma postura de impunidade. “Esse tipo de ação não pode ser tolerado, e a confiança da população precisa ser restaurada”, disse Silva.

A Ação da Corregedoria da Polícia Militar: Afastamento e Investigação

Após a repercussão dos casos, a Corregedoria da Polícia Militar identificou e afastou 13 policiais militares envolvidos nos dois incidentes. As investigações estão sendo conduzidas para determinar as responsabilidades de cada um dos envolvidos e as circunstâncias que levaram às ações violentas.

• Afastamento de policiais: Os 13 PM foram retirados das ruas enquanto aguardam os resultados das investigações. O objetivo é evitar que novas situações de abuso de autoridade ocorram enquanto as apurações estão em andamento.
• Investigação em andamento: A Polícia Civil e a Corregedoria da PM de São Paulo estão conduzindo investigações paralelas para entender os motivos e as circunstâncias que levaram à morte de Gabriel e ao incidente da ponte com Marcelo.

A Reação da Família das Vítimas e a Busca por Justiça

O pai de Marcelo, Antônio Donizete do Amaral, se manifestou publicamente dizendo que o filho não tem envolvimento com a criminalidade e que a atitude dos policiais foi inaceitável. “Eu quero uma explicação, e espero que os policiais responsáveis sejam punidos”, afirmou.

• Marcelo: O jovem trabalha como entregador e é descrito por seu pai como um trabalhador honesto. Após o incidente, Marcelo passou por tratamento médico e se recupera em sua casa, mas o trauma psicológico persiste.
• Gabriel: A família de Gabriel Renan Soares, também exigiu justiça. Embora o homem tenha cometido um furto, muitos consideram que a reação policial foi excessiva e desproporcional para a situação.

O Que Espera a População: Transparência e Punição Rigorosa

Com os dois casos ganhando grande visibilidade, a população e as autoridades esperam que as investigações sejam transparentes e que os responsáveis enfrentem punições exemplares. O sistema de segurança pública deve ser reformado para garantir que a violência policial não seja tolerada, e que os policiais que cometem abusos de autoridade sejam responsabilizados adequadamente.

• Confiança pública: Restaurar a confiança da população na polícia é essencial. Casos como esse demonstram a necessidade urgente de reformulação dos procedimentos operacionais e treinamento das forças policiais para garantir que ações violentas como essas não se repitam.

O Caminho para a Justiça e a Reforça da Ética Policial

O caso do homem jogado da ponte e o caso da morte de Gabriel levantam sérias questões sobre os métodos utilizados por algumas unidades da Polícia Militar. O próximo passo é garantir que os policiais envolvidos sejam responsabilizados e que reformas dentro da corporação sejam feitas para proteger a população e restaurar a confiança no sistema de segurança pública.