Na noite de quarta-feira, 13 de novembro de 2024, uma série de explosões em Brasília deixou um rastro de destruição e gerou grande preocupação em relação à segurança nos arredores dos principais prédios da capital federal. O incidente ocorreu na Praça dos Três Poderes, onde estão localizados o Supremo Tribunal Federal (STF), o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional. Abaixo, reunimos as informações fornecidas sobre o caso, o que já foi apurado pelas autoridades e o que ainda precisa ser esclarecido.
1. Quantas ocorrências ocorreram?
O incidente aborda duas discussões principais, ocorrendo com um intervalo de apenas 20 segundos. A primeira explosão foi registrada por volta das 19h30, em um veículo estacionado no Anexo IV da Câmara dos Deputados. A segunda ocorrência logo após, em frente ao STF, resultou na morte do homem que estava no local. As autoridades ainda não confirmaram o número exato de explosões, mas os relatos apontam que ocorreram pelo menos três detonações.
2. Quem foi o homem que morreu?
A vítima fatal foi identificada como Francisco Wanderley Luiz, também conhecido como Tiu França. Ele era o proprietário do veículo que explodiu no estacionamento da Câmara dos Deputados e também estava presente na Praça dos Três Poderes no momento da segunda explosão. Wanderley Luiz foi candidato a vereador em 2020 pelo PL, mas não foi eleito. O homem era natural de Rio do Sul, Santa Catarina, e foi encontrado com vários artefatos explosivos presos ao corpo. Ele foi descrito como tendo manifestado a intenção de cometer o ato terrorista e o autoextermínio antes das explosões.
3. Quais artefatos explosivos foram utilizados?
Até o momento, não foram divulgados detalhes completos sobre o tipo de explosivos envolvidos. No entanto, as autoridades encontraram diversos artefatos com o homem:
- Relógio com contagem regressiva, que aparentemente estava configurado para disparar os artefatos;
- Dois artefatos explosivos no cinto do homem;
- Extintor de incêndio à prova de explosão, localizado próximo ao corpo;
- Tijolos e materiais semelhantes a explosivos encontrados em porta-malas do veículo;
- Fumaça e fogo foram observados após a explosão do carro, que se assemelhava ao efeito de fogos de artifício.
O navio antibombas foi acionado para garantir que não houvesse mais navios na área e fez uma varredura minuciosa tanto no local da explosão quanto no corpo de Francisco Wanderley Luiz.
4. O que aconteceu antes das explosões?
Conforme as primeiras informações da Polícia Civil, Francisco Wanderley Luiz chegou à Praça dos Três Poderes e tentou entrar no prédio do STF. Ele exibiu os artistas ao vigilante de segurança e, em seguida, deitou-se no chão e acionou um explosivo na nuca. Antes disso, ele havia lançado outros artefatos perto da estátua da Justiça, em frente ao STF, o que causou o início da explosão fatal.
Relatos de testemunhas indicam que o homem, carregando uma sacola, acenou para uma funcionária do Tribunal de Contas da União (TCU) antes de se aproximar da área do STF. Uma testemunha, que estava em um ponto de ônibus, relatou que o homem aparentemente fez um gesto de despedida antes de lançar os explosivos. Outros relatos falam de um barulho ensurdecedor das explosões e do fogo intenso que abalou o incidente.
5. Quem está investigando o caso?
A Polícia Federal (PF) foi responsável pela investigação, que está sendo protegida como um ato terrorista. O inquérito será conduzido ao ministro do STF Alexandre de Moraes. A Polícia Civil do Distrito Federal também abriu uma investigação paralela, com foco nos detalhes de como o homem adquiriu os explosivos e suas possíveis motivações. Até o momento, a PF ainda está realizando buscas e coletando provas.
6. O que dizem as testemunhas?
As testemunhas que estiveram nas áreas externas dos locais das explosões relatando cenas de caos e desespero:
- Layana Costa, funcionária do Tribunal de Contas da União (TCU), estava esperando o ônibus em frente ao STF e contou que o homem fez um gesto de “joinha” antes de lançar os artefatos. Ela ouviu o barulho da explosão e viu fumaça e fogo.
- Carlos Monteiro, dono de um food truck no estacionamento da Câmara dos Deputados, contou que viu o carro pegando fogo após o homem sair do veículo, com uma mochila nas costas. Ele relatou que a explosão foi seguida de um fumaceiro denso e que, inicialmente, ele não sabia sobre a morte do homem.
7. Como estão os locais das explosões?
Após os atentados, a Praça dos Três Poderes foi imediatamente isolada pelas autoridades, que montaram um perímetro de segurança. O esquadrão antibombas realizou uma varredura na área e nas instalações do STF, Câmara e Planalto para garantir que não houvesse mais artefatos explosivos no local. A segurança foi reforçada e o acesso aos prédios foi temporariamente interrompido.
- O expediente no STF e na Câmara dos Deputados foi suspenso até meio-dia de quinta-feira (14), enquanto as autoridades continuavam as investigações.
- O Senado Federal optou por cancelar o expediente como medida preventiva.
8. Alguém mais ficou ferido?
Até o momento, não há registros de outras pessoas feridas, além do falecimento de Francisco Wanderley Luiz. As autoridades destacaram que o incidente poderia ter levado a consequências mais graves, dado o número de pessoas presentes nas proximidades, mas felizmente não houve mais vítimas.
9. O que acontecia nos prédios dos três poderes no momento das explosões?
Na noite das explosões, as atividades nas Câmaras e no Senado começaram em andamento e foram suspensas imediatamente após o ocorrido. O STF já havia encerrado sua sessão, e, segundo relatos, os ministros e servidores foram retirados do prédio de maneira segura. O presidente Lula não esteve no Planalto, e o expediente no Palácio do Planalto não foi interrompido, embora a situação tenha gerado tensão.
10. Pontos que faltam ser esclarecidos
Diversos aspectos do caso ainda precisam ser investigados, e as autoridades continuam buscando respostas. Entre os pontos que ainda carecem de esclarecimento, destaque-se:
- Quais foram os alvos das explosões? A motivação por trás do ato ainda não foi totalmente definida.
- Qual a origem dos explosivos? As autoridades precisam identificar onde os materiais foram adquiridos.
- O homem está sozinho? Não há confirmação se Francisco Wanderley Luiz contou com a ajuda de outras pessoas.
- O que aconteceu na casa alugada em Ceilândia? A casa onde o homem estava hospedado foi alvo de buscas.
- Quais foram as comunicações feitas antes do atentado? A Polícia Civil encontrou mensagens enviadas pelo homem, antecipando sua ação.
- Existem mais artistas? A possibilidade de mais explosivos nas proximidades está sendo investigada.