Na manhã desta quinta-feira, 31 de outubro de 2024, a Polícia de São Paulo intensificou as buscas para localizar e prender o presidente, o vice-presidente e um diretor da torcida organizada Mancha Alviverde, além de três outros membros da facção. As prisões temporárias foram decretadas pela Justiça por 30 dias, em resposta a um ataque violento contra torcedores da Máfia Azul, organizada do Cruzeiro, ocorrido no último domingo, 27 de outubro, em Mairiporã, na Grande São Paulo.
O Ataque
O ataque resultou na morte de um torcedor cruzeirense, José Victor Miranda, de 30 anos, e deixou outros 17 torcedores feridos. Os agressores vandalizaram dois ônibus que transportavam torcedores da Máfia Azul para Minas Gerais: um veículo foi incendiado e outro depredado.
Identificação dos Suspeitos
Os seis torcedores do Palmeiras com prisões decretadas são:
- Jorge Luiz Sampaio Santos – Presidente da Mancha Alviverde
- Felipe Mattos dos Santos (conhecido como “Fezinho”) – Vice-presidente
- Leandro Gomes dos Santos (conhecido como “Leandrinho”) – Diretor
- Henrique Moreira Lelis (chamado de “Ditão Mancha”) – Membro
- Aurélio Andrade de Lima – Membro
- Neilo Ferreira e Silva (apelidado de “Lagartixa”) – Professor de artes marciais e membro
Até o fechamento desta matéria, nenhum dos suspeitos havia sido detido, e todos são considerados foragidos da Justiça.
Investigações e Ações Judiciais
A Polícia Civil, juntamente com o Ministério Público (MP), solicita as prisões dos torcedores, enfatizando a gravidade do crime. A Justiça também tentou mandados de busca e apreensão, incluindo a sede da Mancha Alviverde. A Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) está à frente da investigação, que até agora acordou oito envolvidos no ataque.
Condições Hospitalares das Vítimas
Dois torcedores da Máfia Azul permaneceram internados em hospitais da região metropolitana de São Paulo, um no Hospital Anjo Gabriel, em Mairiporã, e outro em Franco da Rocha.
Motivações e Contexto da Rivalidade
A emboscada é considerada um reflexo de uma rivalidade histórica entre as torcidas, que se intensificou após um confronto em 2022, onde quatro pessoas foram baleadas. A Polícia investiga se uma emboscada foi motivada por vingança.
Repercussões e Medidas Futuras
Em resposta à violência, a Federação Paulista de Futebol (FPF) anunciou que a Mancha Alviverde está proibida de comparecer a jogos de futebol em todo o estado de São Paulo, em conformidade com as recomendações do MP.
Manifestos e Reações
Os embaixadores das torcidas, Mancha Alviverde e Máfia Azul, emitiram comunicados sobre os eventos. A Mancha negou envolvimento no ataque e lamentou a violência, enquanto a Máfia Azul expressou indignação e pediu justiça. O Palmeiras e o Cruzeiro também se manifestaram, condenando os atos de violência e exigindo punições severas para os responsáveis.
O episódio ressalta a necessidade de ações efetivas para combater a violência nas arquibancadas, evidenciando um problema que afeta não apenas os torcedores, mas toda a sociedade. À medida que as investigações avançam, novas medidas de segurança estão sendo discutidas para prevenir futuros incidentes.