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Nacional
O novo júri do empresário Paulo Cupertino foi agendado para 25 de março de 2025, às 9h, no Plenário Dez do Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo. Essa nova audiência ocorre após a anulação do julgamento anterior, que foi cancelado em 10 de outubro de 2024 devido à demissão do advogado de defesa do réu durante o tribunal.
Contexto do Caso
- Réu: Paulo Cupertino Matias
- Acusações: Triplo homicídio duplamente qualificado, envolvendo a morte do ator Rafael Miguel, de 22 anos, e seus pais, João Alcisio Miguel (52) e Miriam Selma Silva Miguel (50).
- Data dos Crimes: 9 de junho de 2019
- Local dos Crimes: Estrada do Alvarenga, bairro Pedreira, Zona Sul de São Paulo
Motivação dos Crimes
O Ministério Público (MP) alega que Paulo Cupertino cometeu os assassinatos em razão de não aceitar o relacionamento de sua filha, Isabela Tibcherani (18 anos na época), com Rafael Miguel. A pressão e o descontentamento de Cupertino em relação ao namoro levaram a um desfecho trágico.
Julgamento Anterior e Suas Controvérsias
- Data do Julgamento Anterior: 10 de outubro de 2024
- Motivo da Anulação: Demissão do advogado durante o processo, alegando falta de confiança.
- Depoimentos Importantes:
- Vanessa Tibcherani: Ex-esposa de Cupertino, mencionou agressões e comportamento abusivo do ex-marido. Relatou que ele a mantinha sob controle e tinha uma postura possessiva em relação à filha.
- Isabela Tibcherani: Filha do réu, afirmou ter sofrido abusos físicos e psicológicos por parte do pai, especialmente após seu relacionamento com Rafael. Ela também lembrou de ser mantida presa em casa durante oito meses.
O juiz Antonio Carlos Pontes de Souza decidiu dissolver o Conselho de Sentença devido à complexidade do processo e à falta de tempo para uma nova defesa, resultando na anulação do júri.
Detalhes sobre o Novo Julgamento
- Data e Hora: 25 de março de 2025, às 9h
- Duração Prevista: Até dois dias
- Novo Conselho de Sentença: Sete novos jurados serão escolhidos.
- Uso de Depoimentos Gravados: Os depoimentos de Vanessa e Isabela, que foram gravados, poderão ser utilizados no novo julgamento, evitando sua necessidade de comparecimento.
Câmeras de Segurança e Fuga do Réu
- Registros de Segurança: As câmeras gravaram o momento dos disparos e a fuga de Cupertino.
- Disparos: O réu é acusado de ter efetuado 13 tiros contra as vítimas.
- Fuga: Após o crime, Cupertino se escondeu em vários estados e até países, sendo finalmente capturado quase três anos depois, em 17 de maio de 2022, em um hotel em São Paulo, onde estava utilizando uma identidade falsa.
Defesa e Alegações de Cupertino
- Declaração de Inocência: Durante a prisão, Cupertino afirmou ser inocente e não ter matado ninguém, mas permaneceu em silêncio durante os interrogatórios na delegacia.
- Estratégia de Defesa: A defesa alegou que outra pessoa, não identificada, teria sido responsável pelos disparos. Esta alegação foi rejeitada por Vanessa, que durante seu depoimento chamou Cupertino de “mentiroso” e “misógino”.
Co-Réus e Acusações de Ajudantes
- Amigos Acusados: Eduardo José Machado e Wanderley Antunes Ribeiro Senhora, réus no mesmo processo, são acusados de favorecimento pessoal por terem ajudado Cupertino a se esconder após os crimes. Ambos respondem em liberdade e negam as acusações.
Repercussão e Impacto Social
- Rafael Miguel: Conhecido por seu papel como Paçoca na novela “Chiquititas” e por sua participação em comerciais populares. Sua morte causou comoção pública e gerou discussões sobre a violência no contexto familiar e a proteção de jovens em relacionamentos abusivos.
- Tema Abordado: O caso destaca a necessidade de discussões sobre a violência doméstica e a proteção das vítimas, bem como o impacto que essa tragédia teve na sociedade.
Prisão Atual do Réu
- Local de Detenção: Paulo Cupertino encontra-se preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Guarulhos, Grande São Paulo.
Próximos Passos
Após o novo julgamento, os réus serão interrogados e os jurados votarão para decidir se condenam ou absolvem os acusados. A sentença final será proferida pelo juiz, encerrando um dos casos mais impactantes do judiciário paulista nos últimos anos.
