Resumo do Cenário
- Área Total Destruída: Mais de 100 mil hectares em agosto.
- Porcentagem de Área Degradada na Amazônia: 38%.
- Ranking de Degradação: Mato Grosso é o segundo estado mais afetado do Brasil.
- Comparação Anual: Número de hectares degradados é 20 vezes maior do que em 2023 (5,5 mil hectares).
Dados Alarmantes do Imazon
O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) revelou que a devastação na Amazônia atingiu níveis alarmantes em agosto de 2024. Mato Grosso, em particular, apresentou uma degradação significativa, com mais de 100 mil hectares perdidos devido a queimadas e extração de madeira. Esses dados evidenciam uma escalada na crise ambiental, comparável a um aumento drástico em relação aos números de anos anteriores.
A Extensão da Degradação
- Focos de Queimadas: Em agosto, foram contabilizados mais de 13,6 mil focos de queimadas.
- Aumento em Relação há Anos Anteriores: O total de áreas degradadas em agosto deste ano é quase 20 vezes superior ao registrado no mesmo mês do ano passado.
Comparativo de Degradação na Amazônia
Conforme o Imazon, a degradação total da Amazônia em agosto de 2024 foi de 287 mil hectares, um aumento de 11 vezes em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram desmatados mais de 25 mil hectares. Este aumento contínuo na degradação é preocupante e marca agosto como o terceiro mês consecutivo de alta na destruição de florestas na região.
Impacto nas Terras Indígenas
A situação nas terras indígenas também é alarmante:
- Área Destruída em Terras Indígenas: A devastação saltou de 1.500 hectares em agosto de 2023 para 97.200 hectares em agosto de 2024 — um aumento de quase 65 vezes.
- Terras Indígenas Mais Atingidas:
- Kayapó (Pará): Quase 40% da área total degradada em terras indígenas.
- Mato Grosso: Os territórios Sararé, Capoto/Jarina e Aripuanã foram os mais afetados, totalizando 46.100 hectares de devastação.
Ranking de Degradação por Estado
Os estados mais afetados pela degradação em agosto de 2024 incluem:
Estado | Área Degradada (hectares) | Porcentagem do Total |
---|---|---|
Pará | 127.000 | 45% |
Mato Grosso | 109.400 | 38% |
Amazonas | 26.100 | 9% |
Rondônia | 17.400 | 6% |
Tocantins | 3.300 | 1% |
Acre | 2.700 | <1% |
Maranhão | 600 | <1% |
Desmatamento em Ascensão
O desmatamento também apresentou um aumento significativo:
- Área Desmatada em Agosto: 66,2 mil hectares, equivalente à destruição de aproximadamente 2.135 campos de futebol por dia.
- Comparação Anual: Um aumento de 17% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
- Histórico de Desmatamento: Apesar do aumento, agosto de 2024 foi o segundo menor território desmatado desde 2018.
Projeções para o Futuro
O novo calendário de desmatamento, que se estende de agosto de 2024 a julho de 2025, mostra os seguintes estados como os mais críticos:
- Pará: 43% da devastação total.
- Amazonas: 21% da devastação total.
- Acre: 19% da devastação total.
Esses três estados juntos concentram 83% de toda a derrubada na região. Entre os municípios mais críticos, a maioria está localizada nesses estados, com quatro no Pará, três no Acre e dois no Amazonas.
Principais Assentamentos e Unidades de Conservação Atingidos
- Assentamentos Mais Desmatados:
- O ranking dos dez assentamentos mais desmatados mostra que cinco estão no Pará e cinco no Amazonas.
- Unidades de Conservação:
- Seis áreas de conservação no Pará, três no Acre e uma no Amazonas estão entre as mais devastadas, evidenciando a urgência de políticas eficazes de preservação.
A devastação em Mato Grosso e na Amazônia é um alerta para a necessidade urgente de ações governamentais e sociais voltadas para a proteção ambiental. O aumento exponencial das queimadas e do desmatamento, especialmente em terras indígenas, demanda atenção imediata de todos os setores da sociedade.