A exigência de vistos para brasileiros que nascem na Guiana Francesa gerou críticas por parte do chefe de governo do território, Thierry Queffelec. Ele expressou preocupação com os impactos negativos da medida, rompida em 2023 pela França, afirmando que dificulta a cooperação e o desenvolvimento da região fronteiriça. Queffelec defende que a livre circulação entre os dois países é essencial, especialmente para as cidades que dependem de comércio e fluxo de trabalhadores e estudantes brasileiros.
Impactos Econômicos e Sociais do Visto
A fronteira entre a Guiana Francesa e o Brasil é movimentada por trabalhadores que traficam para a economia local. Segundo Queffelec, a exigência de visto restringe esse intercâmbio, afetando especialmente a população de cidades fronteiriças como São Jorge e Oiapoque. Pequenos comerciantes, discussões sobre serviços e trabalhadores temporários são os mais prejudicados pela burocracia imposta pelo governo francês.
Críticas à Política de Controle Migratório
A política de controle migratório, que justifica a exigência de vistos como uma medida para conter a imigração irregular, está sendo questionada pelas lideranças regionais da Guiana Francesa. Queffelec argumenta que essa medida impõe barreiras desnecessárias e dificulta as relações diplomáticas e comerciais com o Brasil. Ele sugeriu que a França revise a política, destacando que a proximidade geográfica e os laços históricos entre os dois territórios deveriam favorecer uma política de livre circulação, semelhante ao acordo de Schengen na Europa.
O Papel da Cooperação Regional
Além dos impactos econômicos, o chefe de governo destacou que a cooperação regional entre o Brasil e a Guiana Francesa depende de uma abordagem mais aberta. A livre circulação é um fator estratégico, que pode fortalecer as relações bilaterais e permitir o crescimento conjunto. A Queffelec também afirma que a medida atual vai na contramão dos interesses regionais, prejudicando o desenvolvimento sustentável e a integração das comunidades fronteiriças.